Risco de crédito, ou simplesmente, calote
- nucashnaweb
- 5 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de jan. de 2024
Risco é a probabilidade de se obter um resultado diferente do esperado. Ou seja, de algo não sair como inicialmente planejamos ou sair em desacordo com os nossos interesses e isso muitas vezes acontece por fatores alheios à nossa vontade.
Um exemplo de risco que assumimos diariamente está ligado ao trânsito, onde um risco muito comum é o de colisões. Nenhum de nós deseja que isso aconteça, mas a probabilidade existe.
Dizemos, portanto, que o risco deve ser minimizado e que ele não pode ser totalmente eliminado.
O que é risco financeiro?
Agora que você já conhece o conceito geral de risco, podemos falar sobre uma das suas classificações que é o risco financeiro.
Risco financeiro é a possibilidade existente, de prejuízo decorrente das transações financeiras e/ou investimentos. Assim, dizemos que o risco financeiro faz referência à possibilidade de se sofrer prejuízos financeiros em uma operação ou transação por não se obter resultados conforme o esperado.
Risco nos investimentos
Quando decidimos investir, assumimos alguns riscos e os principais são: risco país, risco de liquidez, de mercado, de crédito e operacional.
Devido aos últimos acontecimentos envolvendo a empresa Americanas, hoje eu vou falar sobre o risco de crédito.
Risco de crédito é bem simples de se entender e para iniciarmos, basta que você assimile o “c” de crédito ao “c” de calote!
Risco de crédito
O risco de crédito está ligado à possibilidade de não se honrar com os pagamentos assumidos.
Sabe quando você vai ao banco, pede um empréstimo e o seu gerente diz que encaminhará a proposta para uma análise de crédito? Pois é. Nesta análise, dentre tantas coisas que verificamos, uma delas é o risco de você não honrar com o pagamento das prestações assumidas.
Quando falamos de risco de crédito no mundo dos investimentos, estamos nos referindo à possibilidade da instituição ou empresa, não honrar com os pagamentos aos seus investidores (lembre-se: quando você faz uma aplicação em um CDB, por exemplo, você está emprestando dinheiro ao banco e, por inúmeras possibilidades ele também pode não honrar com o seu pagamento).
Vale dizer que, em se tratando de ações este risco não existe. E o motivo? Quando você compra uma ação de uma empresa você não está emprestando dinheiro a ela, mas se tornando seu sócio.
Já nas aplicações cobertas pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), dizemos que o risco de crédito existe para valores acima de R$250mil, que é o valor coberto pelo Fundo (confira o artigo sobre FGC).
No caso da empresa Americanas, o risco de crédito envolvido está ligado à comercialização de suas debêntures (título de dívida). Resumidamente, muitos investidores compraram esses títulos, ou seja, emprestaram dinheiro à empresa e a mesma apresentou inconsistências contábeis, vindo a pedir recuperação judicial. Com isso, o risco de “calote” ficou evidente, ou seja, chance de a empresa não conseguir pagar seus credores.
Portanto, risco de crédito refere-se à possibilidade de não recebimento de parte ou todo o valor que foi emprestado a um determinado tomador.

Comments